![]() ![]() Sua obra é autoral e passa longe de ser militante. Nada parece forçado ou fora de hora, muito menos clichê. A sutileza do diretor/roteirista ao abordar assuntos aqui é maestral e digna de oscar. A trilha sonora do filme é riquíssima e exige uma atenção a parte do público para notar o que quer ser dito ou passado, sendo a segunda opção mais orgânica e menos desprovida de observação. Ela também trabalha muito com planos fechados, focando muito na expressão do personagem. A fotografia, quando abordada a visão do Tyler, além de indicar uma perda de perspectiva, também demonstra uma confusão mental, como na sua cena de luta, onde o mesmo a perde. Nada disso significa que ele não é culpado e que foi compreensível, e sim que ele é um ser humano, não um monstro. Sua incompreensão de valores comuns, falta de controle sobre a situação - e negação disso, decorrente de sua renúncia - provam esse ponto. Seu amparo nas drogas como um modo paliativo para diminuir sua dor é muito claro. O comportamento do Tyler é advindo de seus traumas da infância, a falta de sua mãe, mais toda a pressão do pai. Sabemos o que pode acontecer e tememos pelo bem dos personagens, principalmente porque fica explícito que para tudo aqui há uma consequência. Todo o universo construído até então é altamente verossímil, o que junto a instabilidade do Tyler, nos põe numa situação de perigo iminente. A cena da festa também é marcante no que se diz respeito ao suspense, fotografia e paleta de cores. Toda a construção da cena, desde a fotografia a composição sonora, como o alarme sinalizando que o cinto não foi posto, causam um sentimento ansioso e emergencial único. Os diálogos são incrivelmente reais e convincentes, sendo destaque a discussão entre Tyler e sua, até então, namorada, que é de uma tensão fora do normal, pois já é sabido que o protagonista é mentalmente instável. As transições são pontuais e quase que imperceptíveis, sendo uma experiência absoluta para quem assistiu numa sala de cinema ou numa tela Amoled. Como é de costume da A24, aqui há um uso muito interessante das black bars, que vão se fechando cada vez mais que o protagonista se sente perdido. O elenco tá muito bem escalado e ninguém parece fora do ponto - e nem podiam, visto que a trama exige de todos um comprometimento enorme. O problema é que o personagem não tem o mínimo psicológico para lidar com aquilo, e o diretor brilha em preencher as lacunas e criar uma relação factível entre todos os personagens primários ali existentes. Tudo parece ir muito bem, até que as coisas começam a dar errado. Começando do princípio, temos a apresentação do Lifestyle de Tyler, que logo deixa claro a influência que seu pai tem na sua vida e como ele é cobrado o tempo todo. É um filme pra te fazer pensar e refletir sobre o que é contemplado, e por isso e muito mais ele merece ser compartilhado. ![]() Nos ensina a ser uma pessoa melhor sem que precisemos passar pela prática do erro. É um filme pra te fazer pensar e refletir sobre o que é contemplado, e por isso e muito mais ele merece ser Waves nos dá uma oportunidade incrível de experienciar situações e aprender com as mesmas. Waves nos dá uma oportunidade incrível de experienciar situações e aprender com as mesmas. ![]()
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